Dai que eu descobri que tenho o coração quinen o da sininho: só cabe uma emoção por vez. rs
Há alguns anos meu mundo era um deserto no frio.
Juntei os caquinhos com a discrição habitual e ninguém notou que eu nunca mais seria a mesma.
Perdi kgs, cabelos, bom senso e o pouco que ainda restava da vergonha da cara. Ganhei mimos, livros, bons amigos, coisas boas e bizarras pra lembrar (e rachar o bicho de rir tb). Joguei muita coisa fora,ficou beeeeeeem melhor assim.
Senti ódio, ardi de vontade, morri de arrependimento, não coube em mim de felicidade - que, definitivamente, pode ser simples como um aperto de mão.
Fui ingênua, fui irresponsável e fui muito "macho" pra não sucumbir ao medo.
Tive a abençoada sensação de estar no lugar certo, na hora certa, fazendo exatamente o que era pra ser feito (e não foram poucas vezes).
Me livrei da minha culpa de estimação.
Acendi as luzes e (alguns) fantasmas sumiram.
Deixei de ser católica e sigo cada dia mais apaixonada por Deus, pelas suas delicadezas do dia a dia, pela constância do Seu amor.
Queimei as cartas que escrevi.
Madrinhei casamento e batizado. Curei e fui curada. Escrevi textos catárticos e dramalhões. Chorei num cantinho ouvindo "pra luzir o dia" e me perguntando se merecia a sorte de um amor tranquilo, desejando com todas as fibras do corpo o meu próprio vilarejo.
Aceitei que sou irremediavelmente preto no branco, mas descobri que entre uma e outra, posso ser vários tons de cinza, mas hoje posso dizer que sou muito , muito feliz e digo que tenho a paz de um amor tranquilo!!!!
<Eu no dia 7/21/2008 09:33:00 PM