
Pé ante pé. Mais um. Vai cá, vai lá. Pirueta. Equilibra. 1, 2, 3... inspira. Expira.
Ela acordou de novo às sete e trinta. Em dez levanta. Em dez banha.
Em dez pensa na vida com a mão na porta da geladeira – costume antigo, quase mania, quase motivo de terapia.
Mais dez e o Tobias está alimentado, hidratado, acarinhado – menos do que seus olhos caninos pediam, mais do que o tempo dela permitiria. Um comprimido de tapazol. Um copo d’água bem cheio. Um suspiro. Um desejo rápido de que tudo fosse diferente. Mais uma. Duas, três, quatro. Volta. – o sorriso dele pela manhã. O olhar. S u s p i r o - Desejo de que a vida inteira seja assim, exatamente assim. Ducha quantinha. Equilibra. Pirueta. 1, 2, 3, 4... esquece o salto, calça o sapato e segue. Mais um dia levanta de sobressalto. E vai... pé ante pé. Cada um, é mais um. Balança. Equilibra pirueta. Cai não cai. Mas ela vai, segue, sabe: um passo. E outro.
E assim se constrói a caminhada.
<Eu no dia 6/22/2007 04:25:00 PM